digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 30, 2015

O que beber com James Bond

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Depois de se terem conhecido na Praia da Terra Estreita, James Bond e uma enófila portuguesa, cuja identidade estou proibido de revelar, foram jantar a um recanto invisível nos guias de gastronomia.
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O agente britânico ouvira falar do sítio, mas… Acabados de chegar e de se sentarem, antes que alguma coisa viesse para a mesa, ela levantou-se da mesa para segredar ao escanção que servisse um determinado vinho, mas oculto.
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Voltou para a companhia de James Bond e pouco depois chegou o vinho. Provou-o ela e James Bond levantou ligeiramente o sobrolho, subindo um sorriso difícil só no lado direito do rosto – sinal de algum desagrado por não ser ele a sentenciar.
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Com o vinho no copo, perguntou-lhe:
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– Senhor Bond, é capaz de adivinhar que vinho é este?
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– Huumm… belas notas aromáticas, é um branco com evolução. Muito elegante…
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– O que me diz?...
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– Diria mil novecentos e noventa e oito… e esta frescura…
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– (…)
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– Bucellas Garrafeira 1998… certo?!
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– Estou impressionada…
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– Os diamantes são eternos.

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