digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, julho 15, 2015

O amargor depois da mentira

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Dividido entre a razão e o coração. E se o coração for razão e sem ele não havendo tino?
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Que culpa têm, sabiam, pois sabiam. Sabendo, pois sabiam ou não quiseram saber, nada fizeram porque a vida ia bem. Um dia a vida desamparou-se. E a vida continuou como se não houvera tombado pois vinha de lá e nada se fazia para cumprir juramentos.
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E agora, sim neste momento, o que fazer com os fracos se os fortes são fracos?
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As bocas sujas falaram da limpeza e da luz duma verdade mentirosa.
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Sabiam, pois sabiam ou fingiram não saber. De olhos fechados na tranquilidade do impossível prometido.
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Então forte, a canalha fez fracos os fortes. Durante meses suicidando-se e na urgência do tempo sujaram o sujo e assim mais os fracos.
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A verdade era mentira e a força a duma bufa. Tão fortes e ajoelhados, porque tão fracos e de boca suja. Pela traição humilharam aqueles, os mesmo fracos, que sabiam, pois sabiam ou fingiram não saber. A vida corria, porque alguém dava e ali nada se fazia por cumprir juramentos.
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Por fim, sem saída a canalha tombou. Humilhada, a Grécia se ajoelhou e a outra canalha riu-se, desprezível e mesquinha, em revanche de gente pequenina.
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Explicado, pergunto:
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– A razão ou o coração, se o coração é razão para não. E sabiam, pois sabiam.
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Todos sabiam e a vida corria. Até ao dia. E ainda o Juízo Final por chegar, mais sombrio por causa do tempo do suicídio da canalha, dizendo mentiras pelas bocas sujas e mãos transtornadas.
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O povo é fraco e por isso vai pagar. Pois escolheu a vida que ia continuando e no fundo do bolso deixou a mentira enganar.
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E os fracos, os mesmo fracos?
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Entre a razão e o coração. Entre a dignidade que não se nega aos derrotados e a reprimenda merecida. Pois sabiam, pois sabiam. Mas a vida ia e as promessas, para quem dava, não.
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E os mais fracos?
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Nota: Alexis Tsipras e o sinistro Yanis Varoufakis que castigo merecem, se ninguém pode tirar a vida a alguém?

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