digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, julho 17, 2015

Na fronteira sem documentos

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Incompleto porque não deixo. Completo na razão e vazio no coração. Quase vazio por birra. Completo e a teimosa dúvida. Incompleto por zanga, pela obrigação da teimosa dívida. Incompleto porque olhos de olhar negro. Completo porque há azul e raro o vejo. Incompleto por imemória e esquecimento. Frio na fé porque a dívida. Vazio na escuridão vai para onde levarem e de negro e se vê o negro. O coração vazio, a índole desilusória, o carácter fraco, a consciência com vergonha, a derrota na boca, a alma transtornada, o pensamento estúpido, a acção depois do cálculo – o pensamento estúpido. O impulso, o salto e o assalto. A alma se livre, no negrum ainda que luz tão perto. Mas incompleto por ausência de calor fora do conceito – frio faço estéril.

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