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Até Istambul sobrevoando as estrelas, por cima, por cima, e
as constelações e as luzes da cidade, que reluziu ainda de ouro. Por cima, por
cima, como o espírito liberto. Por cima do mundo e finalmente voando, e
finalmente em recta, fora do peso, fora do redondo. E por cima.
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Por cima, quembaixo estão as dores das desilusões e só uma
chegava. Grito a sorrir e sei que os da liberdade me amam e sem me ouvirem
gritam:
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– Por cima! Por cima!
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– Por cima! Por cima!
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Respondo-lhes como um
cometa. Que os da liberdade são e os outros ficam e se deixam.
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Até Istambul, até ao Cairo. De Santiago a Compostela. De
Miami a Cantão. De Belém a Lisboa.
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Por cima, por cima.
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– Quem me verá depois?
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– Diremos, mais uma estrela…
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Por cima, por cima. E que tão tarde se parte para onde nunca
é cedo para se chegar.
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