digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, maio 12, 2015

Se conseguisse transformar letras em números

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Trabalho com vinte e três letras, às vezes uso vinte e seis, e aceito outros símbolos que possam traduzir sons, ideias ou coisa nenhuma. Não percebo de matemática, mas sei que existe um número quase infinito de combinações de letras… só em português!...
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Consigo escrever da esquerda para a direita e de trás prá frente, de cima para baixo e o oposto. Sei omitir vogais e consoantes. Disponível para usar erros ortográficos e gramaticais, até o novo acordo ortográfico.
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Sei usar os diferentes tipos de letra que o Microsoft Word disponibiliza e no tamanho pretendido; pode ser da Apple.
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Posso escrever à mão e estou habilitado a usar lápis, do mais macio ao rijo, esferográficas, canetas de aparo, canetas de tinta permanente, canetas para desenhar. Costumo usar a mão direita… se for necessário o recurso à esquerda, pode ser, mas o resultado não terá a mesma qualidade.
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Consigo escrever com os pés. Mas não de forma literal.
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Não tenho qualquer tipo de escrúpulos: alinho do pornográfico ao beato, do que acredito ao que vomito.
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Tenho uma cabeça com uma capacidade instalada – para a produção de palavras, frases, períodos, parágrafos e capítulos – ao nível das usinas mais produtivas dos Estados Unidos da América e com os custos da mão-de-obra chinesa.
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Reconheço que não sei fazer orçamentos – não entendo de matemática – pelo que os apresento gratuitamente.

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