digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, maio 12, 2015

O meu cão

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A escritura é incapaz de replicar a forma como digo cão quando me refiro ao meu cão. É cão que enche a boca, abocanha e dá beijinho. Cão como a fugir dum disparate. Cão a brincar a estragar chinelos. Cão a correr. Cão a desafiar mimo. Cão! Cão que me enche todo.

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