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– Não sei, não. Não e não!
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– Por favor… [por favoooor!]
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– Não gosto de agendamentos, detesto efemérides, não gosto
de convívios familiares… não tem a ver nem contigo nem com a tua família. Não
gosto, mesmo. Passa-se o mesmo com a minha, não gosto de festinhas de família.
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– Ando há semanas a falar-te nisto…
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– Ando há semanas a responder-te a mesma coisa.
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– Estás a ser desagradável!
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– Estou a marimbar-me. Se te chateia é porque queres. Estou
a repetir o que te disse desde o início, desde que me vieste com…
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– Estás a ser muito desagradável!
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– Queres o quê? Que vá fazer sorrisinhos, fingir que está
tudo bem, que adoro festas de família? Queres que seja hipócrita?
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– Estás a ser muito incorrecto!
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– Incorrecto?! Estou a ser sincero, muito sincero. Há
semanas que te digo a mesma coisa, não sei por que meteste na cabeça de que
haveria de mudar o que penso e o que quero.
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– Vou ficar mesmo muito chateada.
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– Então fica! É um problema teu.
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– Porra! Custa-te muito?
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– Já te respondi.
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– Olha, não queres ir, não vás.
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– Acho bem que penses assim. Não te obrigo a nada e não me
obrigas a nada.
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