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Faltam palavras nos dicionários e há poucas nos textos,
sobretudo nos que têm muitas – quase todos. Escreve-se e escreve-se e
escreve-se e escreve-se e escreve-se e escreve-se. Em tanta escritura alguma
coisa. Tanta para desistir.
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Uma selva de palavracídios e frasicídios e portuguecídios e
pavões e alguns idiotas e alguns pavões idiotas. Adaga nas costas ou naifa na
garganta ou tiro entre os olhos. Quem matou? Foi o pai. Foi a mãe. Foi o irmão.
Quem escreveu.
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Sob o pedestal, grito como se fosse a estátua e alguém ouvisse,
numa multidão de mudos numa biblioteca de cegos numa academia de medíocres. Tantas
coisas sem pensamento, depois de horas, dias, semanas, meses e anos de.
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Estou farto das vírgulas e dos pontos de exclamação. Tento escrever
o que penso e como penso, por isso..
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Nota: Esta imagem foi a primeira aparição no defunto blogue o-caderno-do-infotocopiável.
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