digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, abril 28, 2015

O caderno do infotocopiável

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Faltam palavras nos dicionários e há poucas nos textos, sobretudo nos que têm muitas – quase todos. Escreve-se e escreve-se e escreve-se e escreve-se e escreve-se e escreve-se. Em tanta escritura alguma coisa. Tanta para desistir.
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Uma selva de palavracídios e frasicídios e portuguecídios e pavões e alguns idiotas e alguns pavões idiotas. Adaga nas costas ou naifa na garganta ou tiro entre os olhos. Quem matou? Foi o pai. Foi a mãe. Foi o irmão. Quem escreveu.
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Sob o pedestal, grito como se fosse a estátua e alguém ouvisse, numa multidão de mudos numa biblioteca de cegos numa academia de medíocres. Tantas coisas sem pensamento, depois de horas, dias, semanas, meses e anos de.
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Estou farto das vírgulas e dos pontos de exclamação. Tento escrever o que penso e como penso, por isso..
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Nota: Esta imagem foi a primeira aparição no defunto blogue  o-caderno-do-infotocopiável.

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