digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, março 11, 2015

Quase plágio

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Quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho, tremi como os Pirenéus, sem ouvir ladrar os cães de Cerbère. Na dúvida de ficar ou partir, esperar entre a espada e a parede. Que façam por mim, que não pretendo ser mártir nem resgatado. Levem-me. Levem-me. Fiquem-me. Qualquer coisa dentro doida.
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Nota: É de José Saramago a autoria de «Quando Joana Carda riscou o chão com a vara de negrilho», assim como a imagem dos cães de Cerbère. A coisa doida é de Caetano Veloso.

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