digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, março 20, 2015

Há eclipses que valem a pena ouvir e outros que não têm interesse ver

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Se tivesse seis anos – dez, no máximo – teria adorado ver o eclipse. Parece que o último que se viu – ou não viu? – foi em 1999. No início da década de oitenta, na Alemanha, ouviu-se um eclipse. Quem tinha as orelhas apontadas para a novidade e memória sentiu-lhe o carácter de furacão e lavou a monotonia dos olhos. Mais cor do que um eclipse solar tem de escuro.

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