digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, dezembro 24, 2014

Neste frio de frio – erro ab ovo

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Estes são dias de sangue vermelho corrente, quando o frio se aquece. Dias de sangue corrente, dum encarnado desejando desencarnado.
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É tempo das santas festas, em que o cinismo, hipocrisia e rancores se ancoram escondidos. A solidão é fruta da época e a tristeza senta-se à mesa.
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Já que se evoca Deus – supremo de espírito – que os tristes se tombem ou curem nos comprimidos da saúde ou sejam como os bolos.
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Pode ser um dia qualquer, num tempo qualquer, mas santas festas. Que os esquecimentos se façam lembranças. No Natal dos gritos ignorados da melancolia.
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Que a estrela da árvore suba ao globo celeste e os sininhos toquem finados.
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BANDA SONORA
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Ligação para sítio alusivo à esposição «Amor-te».

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