digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, outubro 23, 2014

Rosa, nunca

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Ainda hoje não te disse como és bonita. Se disse, não foi o suficiente.
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Sei da temperatura dos teus lábios e do teu olhar brilhante, no escuro ou vencendo uma ofuscante bola de luz.
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É tão piroso dizer que a pessoa amada é uma rosa. Jamais te direi tal coisa.
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Mimosa quando estás triste, da laranjeira na alegria.
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Por tanta coisa, tanta que não sei explicar por que te amo.
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Fico com o mistério, que me prenderá sempre mais.
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Como explicar?
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Sei que a romanzeira enxerta a laranjeira, mas a laranjeira não enxerta a romanzeira.
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Assim me explico-te. Assim me explico-te-vos.

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