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Se me ouvirem dizer fado, querendo cantá-lo, é porque
cavalgo e as costas não me doem pelo gingar do ginete. Terei na voz o mando das
onomatopeias do chamamento do gado bravo na arena e nas mãos as rédeas que
domam o oscilar da cabeça do bom amigo que me leva à garupa. Finto e corro com
ele. Faz bonitos e ajoelha-se. Se me ouvirem gingão e perceberem o fado em mim,
é porque o vinho me abraça.
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