digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, agosto 14, 2014

Levitemos

Pouco a pouco, boca a boca.
.
Boca a boca e mão na mão.
.
Mãos nas mãos, pelos rostos e pescoços.
.
Mãos calmas. Mãos seguras. Sem sofreguidão, mas com certezas.
.
Mãos que descem e roupas que caem.
.
Caem os corpos e sobre eles os desejos se entornam.
.
Mergulhados os amantes, indo ao fundo e à tona, salvos por respiração boca-a-boca.
.
Corpo todo, boca tudo.
.
Dentro num abraço.
.
Dentro num galope.
.
Dentro numa loucura de perder o corpo e misturar as almas.
.
No final...
.
Fazer amor assim não é pecado. É voar como um santo e repousar nas nuvens que Deus dá.
.
.
.
Nota: Se alguém souber quem foi o autor desta pintura, por favor informe-me.

Sem comentários: