digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, agosto 04, 2014

Desfalecendo-me

Quis escrever sobre flores e todas as palavras me saíram tristes.
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Faltou-me ânimo para as colher.
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Quebrei-me vidro ao dizer que não sou capaz.
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Não sou eu quem escreve, são os dedos, porque não têm afectos nem ciências.
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Não me tenho de pé.
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Se conseguisse, iria a pé até ao Inferno.

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