Prometo-me muitas vezes ainda que não cumpra. Pende-me a
cabeça como a dum enforcado e fecho os olhos e espero que me julguem morto, que
continue só.
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Insisto na vida patética sem uso nem finalidade, com a
parede como horizonte e nela a linha distante do Equador, em papel autocolante
mal posto.
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Não me afogo nessa água nem me craxo contra a parede nem me
volto, porque à volta só paredes, que me dão poucos metros para lá chegar.
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Recluso e respirando, em vez de livre e livre de tudo.
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Prometem e não dão. Nem eu, prometo-me e não vou.
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