digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, junho 25, 2014

O que não como

Estou de dieta e apetece-me um bolo... .
Entro na pastelaria e digo:
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– Bom dia, quero um pastel de nada, por favor.
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– Não será um pastel de nata?
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– Não! É um pastel de nada!
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– Um pastel de nada?
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– Sim, estou de dieta...
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– Não estou a perceber...
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– Oh, senhor... um pastel de nata é como as sardinhas. Ambos são símbolos gastronómicos portugueses... tanto um como o outro não como... um não devo e outro não posso.
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– Ah! Então quer o quê?
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– Uma bica curta em chávena fria.
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– Aqui tem...
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– Obrigado, mas o seu conceito de curto é igual ao meu de meia chávena.
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– Aqui as bicas curtas são como os pastéis de nada... não existem.
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Nota: Não sei como engavetar esta obra na lista dos conceitos... escultura ou pastelaria? Ou escultura em pastelaria. Vou tentar comunicar com o autor, Sérgio Dias.

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