Entre uma coisa e outra do lado de fora. Como é possível a
nostalgia pelo triste. Devem ter sido as luzes e os amanheceres. Mundo de
muitos amores, perdidos e não abandonados. Canções espalhadas pelo chão, como a
roupa por causa do frenesim dos corpos. Foram tempos duma adolescência
desastrada, de sofrimento sem borbulhas, mas com passado. Não sei se é
arrependimento que me castiga com a saudade ou se gostei mesmo de ter tido a
alma ferida. Talvez seja por essa juventude tardia ou pela memória das manhãs. Não
gosto de estar adulto.
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