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Que diferença entre saber e
fazer.
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Li, ouvi e disse:
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– Errar é humano.
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Compreendi, repeti e aconselhei.
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Li, ouvi e concordei:
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– É bom aprender com os próprios
erros.
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Compreendi, repeti e aconselhei.
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Li, concordei e sorri com
Bismarck:
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– Prefiro aprender com os erros
dos outros.
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Li, ouvi e disse:
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– Insistir no erro é burrice.
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Compreendi. Repeti o erro.
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Há oito anos, julgo que a treze de
Fevereiro, conheci.
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Repeti, amei.
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Amei e pensei que amando a mãe
podia amar a filha.
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Pensei que amando a filha podia
ajudar a mãe.
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Pensei e agi e errei, perdi a filha
e a mãe.
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Hoje é quatro de Setembro e essa
mãe faz anos e essa mãe é mãe de alguém que não se lembra de mim.
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E é neste quatro de Setembro que
me lembro, por causa de hoje, deste ano, que me lembro que errei. Amei e perdi.
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Repeti e voltei a amar.
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Errei? Se amar o filho como amo a
mãe.
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Como repetir um erro.
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Repetindo a vontade eterna e
infinita de amar quem não é.
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Se não existe, se não pode, se
não deve, se vive em Marte não se ama.
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Porquê amar.
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Sabendo a resposta, concordo,
porque sei.
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Repito o erro acreditando que
acerto.
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Se a alma fosse de osso, tê-la-ia
engessada.
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Se fosse, e sendo fosse,
intangível...
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Algo como ctrl + alt + del...
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Melhor! Quem me dera format C:
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Nada disso existe. Esse tempo
passou e ainda o repito, como se alguém se lembrasse e os novos soubessem.
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Não escapo à vida, nem à sina.
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Nem ao erro.
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É sina da minha vida.
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É burrice, pois.
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É humano, o erro.
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Sou demasiado humano, sou burro!
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