digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, agosto 03, 2013

Olhos à flor da boca

Vi-te e vendo-me vi-te vendo-me. Num encanto de olhos li que querias que te olhasse mais de perto. Mesmo sabendo que a gravidade atrai os corpos e as bocas acabariam por se beijar, pousei-me a alma em ti e disse que iria onde fosses, e onde disseste estavas, para que não fosse ao engano procurar-te, estavas. Vendo-te perto, quis ver-te profundamente. Beber-te e saciar-me na fonte da vida, a que dá água e luz, bebi e repeti. Fugindo escondi-me em ti, e tu acolheste-me para me acorrentar e até que te chegasses ao meu fim, aquele que chega quando te chegas.

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