Vi-te e vendo-me vi-te vendo-me. Num encanto de olhos li que
querias que te olhasse mais de perto. Mesmo sabendo que a gravidade atrai os
corpos e as bocas acabariam por se beijar, pousei-me a alma em ti e disse que
iria onde fosses, e onde disseste estavas, para que não fosse ao engano
procurar-te, estavas. Vendo-te perto, quis ver-te profundamente. Beber-te e saciar-me na
fonte da vida, a que dá água e luz, bebi e repeti. Fugindo escondi-me
em ti, e tu acolheste-me para me acorrentar e até que te chegasses ao
meu fim, aquele que chega quando te chegas.
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