digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, janeiro 20, 2013

Gostava


Gostava de te ver nua. Que as minhas palavras escritas te despissem. Que os teus dedos te amassem. Que a tua boca me chamasse. Que as minhas palavras ditas te abrissem. Que a tua boca me amasse e a minha também beijasse.
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Gostava de te descobrir e a ti voltar e não me perder. Que te não perdesses, mas quisesses. Que desses de beber às minhas frases. Que as minhas mãos te lavrassem. Que a tua árvore me desse a maçã de Eva e Adão. Que o teu suor se juntasse ao meu.
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Gostava de me explodir em ti. E tu te iluminasses comigo.
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Gostava que fosse já. Gostava que fosse proibido para nos transgredirmos. Que uma noite fosse a primeira e outra a última. Que fosse sempre despedida. Que estivesses sempre despida. E eu amante capaz.
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Gostava de tremer as mãos. Que as tuas seguras me tremessem. Que as línguas conversassem pelos corpos. Que me acolhesses. Para explodir em ti e te dares comigo.

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