digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 16, 2012

Piscina




















Sou um vencido. Não amo chefes nem venero mestres. Nem sei se chego a querer Deus na vida. Tenho a vida que me permitem. Tenho a vida que faço e não culpo ninguém por esta não ser a vida que sonhei.
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Um dia de azul-roxo e Sol amarelo-laranja. O azul do fundo da piscina e água vazia, ter coragem de deixar cair para trás, mas que seja de braços abertos, de olhos abertos. Ter coragem de não ser um salto, de braços fechados, de pé e olhos abertos. Em surdina um hit da pop com memórias e o burburinho indiferente de vozes e vida. Ébrio e zonzo. Uma queda, uma forma de arte. Que seja breve esse infinito e que seja já.
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Que vá na viagem. Que vá ao chegar. Que não chegue ao instante a seguir ao chegar. O Sol forte num dia de água azul.

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