digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, junho 28, 2012

Não estou aqui nem volto já


Um dia caio no Snob como um cocainómano insiste no jornalismo. Como a velha guarda, que morreu, apaixono-me por olhos e sorrisos que não são para mim, eventualmente por pernas. Digo cona alto, porque penso não me ouvirem.
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Para mim só o uísque, que não gosto, a cerveja que me dilata o estômago e o vinho que evito beber. Frenet-Branca? Era miúdo e não respondo.
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Era ela. E hoje, quem me resta? Que me resto? Estou e vou estando, desejando estar onde não consigo.
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Azeitonas, Martinis. Alguns vodkas às escondidas, que os séniores não gostam, gins, que ninguém liga, e uísques de garrafa verde.
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Queria ser crescido: tinha namorada e casa, e carro.
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Sou crescido, porque já não me dou com os crescidos.
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O que é feito? De que sou feito? Quantos anos… a casa não é a mesma e a outra foi. Vejo-me antes do princípio sabendo quase tudo, conhecendo quase todos, e sem ter onde me sentar.
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Não é triste. É Patético. Para mim? Para todos. Sobretudo para mim.

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