digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 30, 2012

Terra

Quero abraçar a Terra. Beijar as árvores. Sorrir aos animais. Comover-me com as pessoas. Quero! Mas não consigo. A vida é uma porra e se a morte existisse não seria merda menor. Voar por aí. Fantasma de mim. A pena e o orgulho. Música para a paixão. Música para o amor. Música para a saudade. Música para tudo. Música para a vida e uma vida para toda a água, lágrimas incluídas. Quero tudo! Mas não posso. A vergonha não me deixa. A Terra tem mais água do que terra. Tenho mais amargura do que amor. Quero, mas não aguento. O que fazer com esta vida? Pois podia, mas não consigo.

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