digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Magneto

Tenho sono ou é a morte? É um túnel e lá uma luz, além do escuro. O corpo levanta-se, parecendo leve como o dum espectro. Num arrepio, voo… não, levito. Oiço uma surdina abafada, não distante. A luz chama-me, sem uma voz… ouvem-se apenas alguém que conversa e alguém que chora. Os olhos fecham-se, mas os músculos do pescoço aterram-me. A cabeça já foi, mas o corpo resta, o tronco. Uma mão puxa e outra empurra. Tenho sono ou é a morte? Ou é a mesma coisa?

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