digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, setembro 24, 2011

Tédio
















Alívio maior. Alívio adiado. Dentro tenho algo maior do que eu. Não é por isso que estou disformemente inchado.
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Como a maçã de Magritte esmaga a respiração de quem olha, algo em mim transborda dentro, querendo rebentar.
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Mil arrepios, dezenas de bocejos, noites e dias dormindo. Um sono muito grande, sem ter cansaço nenhum. Um cansaço muito grande, sem ter cansaço nenhum.
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Pergunto-me se acabar, sabendo que não acaba, é acabar. Se acabar cedo por vontade é deixar a meio. Se acabar por vontade dá direito a acabar mesmo.
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A maçã de Magritte e o pão a crescer no meu forno. Fermento a mais para tão pequena caixa. 

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