Alívio maior. Alívio adiado. Dentro tenho algo maior do que eu. Não é por isso que estou disformemente inchado.
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Como a maçã de Magritte esmaga a respiração de quem olha,
algo em mim transborda dentro, querendo rebentar.
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Mil arrepios, dezenas de bocejos, noites e dias dormindo. Um
sono muito grande, sem ter cansaço nenhum. Um cansaço muito grande, sem ter
cansaço nenhum.
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Pergunto-me se acabar, sabendo que não acaba, é acabar. Se acabar
cedo por vontade é deixar a meio. Se acabar por vontade dá direito a acabar
mesmo.
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A maçã de Magritte e o pão a crescer no meu forno. Fermento a
mais para tão pequena caixa.
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