digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, junho 14, 2011

O céu

As estrelas que se vêem no meu céu são da cidade, que é plano. A Lua esconde-se atrás de casas.
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Longe, chama-se firmamento, por ter luzes firmadas. É escuro, acredita-se que negro, como uma pesada cortina de flanela.
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Nos ermos, o céu é cinema, e também teatro. Noites de Verão e tréguas de invernia. A Lua como família. Silêncio e muitos cheiros a brincarem às escondidas.
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A luz e a voz do lume. Na solidão e na presença. Conversa sobre tudo e nada.
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Sob as estrelas pode estar-se com os anjos e pensar em Deus sem pensar em nada.
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Longe, o céu é uma abóbada.
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Nota: Crê-se que esta é a mais antiga representação da esfera celeste, foi encontrada em Nebra, na Alemanha.

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