digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, maio 30, 2011

Desejo dum corpo que nem fantasma quer ser





















Dor de ser. Entaipado num local de penumbra sem ruído. O tédio dentro do tédio.
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O sono em cumprimento é a viagem possível para fora. Remédio contra o cansaço de existir e ter se sentir o tempo cilindrar a vontade de respirar.
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Respirar é feliz quando se está ao vento. Não digo usufruir os aromas, mas apenas respirar. Por isso não me queixo do cheiro a mofo daqui, só da vontade de desistir.
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Se tivesse ânimo faria um buraco para chegar ao outro lado do mundo. Nem alma chego a ter.
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Não quero o corpo e sua matéria. Não quero espírito sem leveza.
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Deus deveria permitir a morte.

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