digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 11, 2011

As árvores do Paraíso





















Beijo rosa-água, espelho de muitas luzes. Não num jardim secreto, mas de invisível matéria.
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O desejo é tão forte que poderia ser rocha. Tão belo que poderia ser montanha. Todavia tão pequeno e frágil, tão dependente da vontade duns lábios.
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Em todo azul, muitas luzes, como os frutos das árvores do Paraíso. Nunca a do conhecimento, mas de todas as outras, as dos mistérios.
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Não te conheço a vida, mas pressinto a doçura. Mais do que mel e cores.
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Todas as árvores, menos a do conhecimento. Provar todos os frutos.
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Só depois experimentar o pecado. Se proibido, mais doce. Se secreto, mais sensual.
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Em todo azul. Numa vida toda. Muitas vidas. Não veremos todas as ondas e de todos os mares.
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Em todo azul, muitos azuis e cores.
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Como os sabores dos frutos de todas as árvores do paraíso. O sal do mar, o todo azul.
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Pureza de mil ânsias, intranquilidade do desejo. Para já, beijo rosa-água.
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Todo azul, o Paraíso. Toda a fruta comida. O desejo intranquilo, as incertezas.
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Vem provar comigo o fruto do conhecimento. Acabaremos caídos no mar e temperados de sal.
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Todas as luzes, de infinitos luzires.
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Temperados de sal, beijos rosa-água e já agora, és rosa do mar.

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