Devia haver morte para poder haver pena de morte. Devia não haver morte para, em consciência, mandar alguém para a morte. Devia haver morte, como um saco, para meter toda a gente que se quer ver morta.
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Devia haver vida para que todos os dias fossem felizes. Que as rosas das videiras nunca se cansassem de oídio e que todos os males do mundo fossem esses. Que o vinho nunca azedasse.
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Só pode haver vida, porque a vida tem de ser pesada para que um dia a possamos saborear leve. E que as rosas cheirem a rosas e o moscatel novo também. Que haja essa certeza para alimentar os dias de chuva.
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Os dias de chuva não matam e mostram a vida como quem tem certeza da morte. E numa graça de desafiar o fim dos dias rir de tudo o que é efémero e brindar com um vinho eterno. O que o momento seja vitalício. Do momento antes de nascer ao dia depois de morrer.
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Devia haver vida para que todos os dias fossem felizes. Que as rosas das videiras nunca se cansassem de oídio e que todos os males do mundo fossem esses. Que o vinho nunca azedasse.
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Só pode haver vida, porque a vida tem de ser pesada para que um dia a possamos saborear leve. E que as rosas cheirem a rosas e o moscatel novo também. Que haja essa certeza para alimentar os dias de chuva.
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Os dias de chuva não matam e mostram a vida como quem tem certeza da morte. E numa graça de desafiar o fim dos dias rir de tudo o que é efémero e brindar com um vinho eterno. O que o momento seja vitalício. Do momento antes de nascer ao dia depois de morrer.
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