
A tua beleza é a minha esperança. Conheço-a. No escuro daria por ela.
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Numa sala que abafasse o mais suave dos sons saberia onde estaria a tua voz.
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Estou contigo. Nos beijos todos que se deram e na beleza que me agarra à vida. Vida que após vida nos junta. Vida que após vida desperdiçamos.
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Na próxima semana ligo-te. Acabo por não ligar. Escrevo-te uma carta, não mando. Lanço-me num ésse éme ésse como me suicidasse duma grande altura.
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Lanço-me num ésse éme ésse como me suicidasse duma grande altura. Arrependo-me por não ter resposta. Por te pensar embaraçada. Sei lá eu por que te embaraças.
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Se tivesse a certeza que não sofres, não te faria sofrer dizendo que penso em ti. Se não conhecesse os olhos, ainda que distantes e invisíveis… sei que pensas, que talvez te arrependas, que receias recuar. Porque o tempo passou e no tempo que levou a passar muita coisa se passou.
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As feridas sararam. Já se perdoaram as cicatrizes. Não se esqueceram os locais; das feridas e dos que nos fizeram felizes. Nada que um abraço não resolvesse.
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Penso como seria fazermos amor com as gatas por perto. Não que se aproximassem duma cama em delícias. Penso na tua timidez. Será que te zangarias ou aceitarias derretida o mimo que te quisessem dar?
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A tua beleza é a minha esperança. Porque sei que depois da vida vem outra vida. E o tempo que passou não é tempo nenhum.
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