O coração aos sustos e a cabeça florida de fúnebre. Sem vida nem descanso, entre mortes. O querer viver, às vezes, é um querer de morte. Não me recordo nem acordo. Alguma vez me terei perdido num jardim de buchos, fugindo e caçando risinhos de êxtase virginal de mocinhas. Não veio noite nem companhia, todas fugiram para onde não as oiço. Perdido e desistido, desesperado por viver ou morrer. Ficando entre mortes. Sempre o mesmo nome, que ninguém chama nem responderia. Os dedos frenéticos, como se desejassem um cigarro, fumável que a boca recusa. O coração aos sustos, desejoso que algo consuma o que está dentro da cabeça. Será que vale a pena? Será que vale a pena sem interrogação no final. Entre mortes.
1 comentário:
Soberbo, tal e qual como me sinto!Sem estar cacando risinhos de extase virginal de mocinhas...
talvez me encontre entre vidas, esperando a morte...
se descobrires algo que consuma o que te vai na mente, avisa, pode ser que o teu remedio me sirva a mim tambem
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