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Juro que não conheço. Nem as que conheci, partiram, morreram, não me lembro. Sem marcas de dedos nas costas ou derrames no pescoço. O fantasma é vivo.
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À noitinha, quando já dormirmos, deito-me contigo. Se puder, nos teus cabelos enrolo os dedos. Cara na cara. Lábios na cara. Quase os beijos. Sem corpos. Além faremos amor.
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Antes que me perguntem, digo que não direi. Depois do corpo, porque esse é malentendido na cabeça. Logo à noite, quando já dormir, faço amor contigo. Mesmo sem cabelo onde enrolar os dedos.
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Nota 1: Para mim, o catorze de Fevereiro só é bonito, porque nasceu uma menina que terá sempre quatro anos.
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Nota 2: a menina de quatro anos não morreu.
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