digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Alma

Fotografia de alma inteira. Uma espécie de ramalhete nas mãos. Tem tudo, corpo espectral de luminescência variável. Não ter medo de se ser só alma, não ter medo de ter perdido o corpo que a ela estava agarrado. Saber correr com o pensamento. Não ser uma pessoa só, ser muitas. Muitos corpos para uma só alma. Não ter medo de dizer, a quem souber ouvir, o que vai na alma. Não ter medo de surgir nas fotografias. Aparecer de corpo inteiro, com o corpo que as almas têm.

Sem comentários: