Numa fonte de temperada Primavera, deixo-te em segredo as palavras que sempre te quis dizer. Nada de muito complicado, a simplicidade das coisas grandes, os afectos de todos os dias. Palavras por embrulhar, depositadas apenas nos seixos que orlam a água limpa, brilhante. Doces, de atrair os pássaros. Doces que os pássaros bicam, mas não comem. Em segredo deixo-te poucas palavras, que conhecerás a minha revelação no primeiro instante em que as leias.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
terça-feira, abril 27, 2010
Fonte temperada
Numa fonte de temperada Primavera, deixo-te em segredo as palavras que sempre te quis dizer. Nada de muito complicado, a simplicidade das coisas grandes, os afectos de todos os dias. Palavras por embrulhar, depositadas apenas nos seixos que orlam a água limpa, brilhante. Doces, de atrair os pássaros. Doces que os pássaros bicam, mas não comem. Em segredo deixo-te poucas palavras, que conhecerás a minha revelação no primeiro instante em que as leias.
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2 comentários:
Gosto mais desta tua escrita com paixão, esperança, amor...
gosto :^)
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