digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, março 27, 2010

A tempo da tristeza

Este nosso tempo quase perfeito. Este tempo de indecisões coloridas. Vejo flores silvestres represas em jardins tristes, árvores grandes em espaços privados e fauna pequena onde precisava que estivesse um leão devorar-me.
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Tempo quase perfeito, sem horas de estar e pertencer ao tempo que se faz de sol, sombra, penumbra e escuridão. Luzes calmas rentes ao chão. Aragem boémia. Porém, a mesma solidão.
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Em mim, amores. Ontem, amores. Amores perenes. Amores de ida e volta. Traços de laranja no azul celeste a perder-se na tarde. Um tempo haverá de amores novos.
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Um dia, no jardim triste, a minha solidão desimportar-se-á de todos os instantes de vacatura. Um dia, o tempo quase perfeito. Amores só de ida e tempo sem volta.

1 comentário:

Luiza B. disse...

O tempo definitivamente não volta e os amores vão e vem...sempre encontram uma forma de nos surpreender. Mas o tédio, ah o tédio é sempre sem amor, só com saudade do passado, do ontem. Sei lá.