
Hoje e mais vinte e sete dias para o fim do ano, vinte e oito para o seguinte, não contando hoje. Não sei se irei, se chegarei a ir, mas sinto-me como se fosse em viagem ao centro do mundo. Estou à beira do túnel habitual, deve estar por uma questão de dias. Faz seis anos. Seis anos. O tempo voa. Já não sinto essa dor de viagem, mas ainda me dói para querer partir. É uma questão de dias, de dias. Espero não querer ir; tenho medo, não de chegar, não de ir, mas de querer. Ultimamente só sinto uma vontade de chegar ao centro do mundo, ao umbigo, ao ventre, ao útero. Talvez por isso sonhe contigo. Talvez por te querer bem. Por te querer mãe. Por te querer apenas. Por ti irei ao centro do mundo. Sem ti penso em ir onde quis há seis anos.
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