
Aos poucos vais desaparecendo cá de casa. As coisas vão indo, perdendo-se, desgastando-se, partindo-se. Quando saíste, deixaste a casa cheia de lembranças, saías de gavetas, estavas nas toalhas, nos pratos, nos acessórios quotidianos. O passado vai indo, as memórias nas coisas perdem o brilho. Tu, porém, não. Existes ainda em mim, existes muito. Prefiro isso a ter-te em objectos, és mais livre. À noite juntamo-nos no sítio do costume. Dormimos juntos, fazemos novas estórias e o que ficou por fazer na carne. À noite, no sítio do costume.
Sem comentários:
Enviar um comentário