Angústia nocturna. Angústia matutina. Angústia nas horas seguintes que se vivem no dia. Tudo por amor e receio. Tudo por negação e sangria. Como uma faca a espetar-se e a cortar, sem matar.
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Acordar outra vez contigo sem te ter ao lado. Respirar sob o peso dum corpo sobre uma almofada tapando a respiração. Do desejo de viver e o de acordar. Angústia.
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Adormecer outra vez sem te ter ao lado. Saber que vives. Saber-te morta. Saber-te ausente. Saber-te longe. Saber-te viva nos meus sonhos.
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Existes como uma bailarina de dança macabra, como um fantasma. És o amor que se recusa a morrer e rejeita viver. Não te enterro nem te rezo missa de corpo presente. Angústia ao acordar, depois do sonho.
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Angústia depois do sonho. Entre o que se viveu e o se sonha. O desejo e o pesadelo. O sexo ardente e doloroso. A faca que fere e não mata. Um fantasma numa dança macabra. Angústia.
digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
segunda-feira, novembro 09, 2009
A angústia da dança macabra
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