digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Sair de casa





















- Já saíste de casa?
- Ainda não… mas, queres combinar alguma coisa?
- Quando te pergunto se saíste de casa refiro-me a teres uma vida fora da casa dos teus pais: arrendares ou comprares uma casa.
- Na verdade, não consigo sair. Volto para lá todas as noites.
- Já tens idade…
- O que queres, todas as noites volto para lá. Para o meu quarto, para toda a casa, para os conflitos e os dramas.
- Tens de fazer alguma coisa?
- Matar o pai?
- Nem que seja. Talvez, só assim, faças as pazes com ele.

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