digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, outubro 25, 2009

Pexum





















O meu organismo não permite imitações. Se é peixe, logo e pexum... as vísceras são sábias e dizem prontamente que aquela carne branca, suave e macia não é comestível. Soube ontem que o bacalhau, que da outra vez me serviram, não era, afinal, bacalhau. Era uma coisa qualquer que o imitava, quer no nome quer na cura. É que bacalhau não é peixe e peixe só atum de conserva e desde que não seja sangacho. Pois não era bacalhau e das vísceras nasceram vómitos e a incapacidade de engolir, antes da má disposição. O organismo não mente e o bacalhau de salmoura também não.

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