digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, março 26, 2009

Telepatia


Não sei o que te possa dizer. Nada sei de ti e tu descobriste-me ignorante e desejoso de te novamente saber. Percebi e adivinhei, porque em mim ainda há uma réstia de ti, um fio que vem da tua alma e se entrança na minha. Saber é saborear. O gosto da tua boca perdura e se fecho os olhos vejo-te como sempre. Não sei de ti, mas por ti, à noite, sei, que ainda me tens e eu tenho-te. Em sonhos. Acordado, os desejos não têm o mesmo sabor. Por ti não sei nada. Por ti sei. Saboreio-te quando me lembro.

Sem comentários: