digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, fevereiro 28, 2009

Carocha atómico


Estava em Lisboa. Estava em Tavira. Estava em Lisboa. Estava em Düsseldorf. Estava a caminho de Colónia. Estava a caminho de Düsseldorf. Cento e tal à hora num carocha de cor imemorável. O tipo cantava e dançava, e, nós, sem nada ter bebido, cantávamos. É do que melhor que me lembro de 1988. Da década de oitenta. Claro que havia a quinta das traseiras, os campos agricultados, a floresta, o depósito da água, os prédios quase isolados de Solingen, o gato preto, que só outro dia soube que era uma gata, e todo o belo mundo novo que foi a Renânia do Norte-Westfália. Era tão pequenino e foi ainda outro dia.

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