digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Psicanálise

Sonhei. Assistia interessado e nada surpreendido. Duas esculturas, ambas de Miguel Ângelo, faziam psicanálise. Uma deitada e outra sentada ao lado, atrás. Que confissões tem a pedra para fazer? O drama da escultura e o sentimento da expressão. Depois há a morte. Depois da morte. O rosto e o corpo perduram imóveis além da memória. Só vivem depois da memória. Antes disso são lembrança de finados.

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