digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, abril 10, 2008

Pode

Pode ser um dia junto à grande porta-janela das traseiras junto ao jardim. Não me lembro dos dias de sol, só dos de chuva.
Pode ser um prédio na década em que nasci. Ainda não havia memória nem frio. Havia a mãe.
Pode ser o elevador que não usei para ir à casa da namorada de então. Era um prédio alto rodeado de prédios e de verdes.
Pode ser que nunca venha a saber.

Nota: à Fundação Calouste Gulbenkian, à década de 70 e à Rusa.

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