digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, abril 05, 2008

Fazer

O que fazer com o amor antigo? Quentes banhos de imersão não me ajudam a pensar melhor. Nem pior. O turpor na estufa, o suor na pele, a leve tontura e o silêncio não são muito diferentes da minha cabeça a processar o amor antigo. Um amor que o desassossego confunde com a vida. Se por um instante penso em expulsá-lo ao despir-me do corpo, noutro instante relembro que a dor está em mim. Se num instante de precipitação o fizesse, um nova questão nasceria. O que fazer com as minhas gatas?

1 comentário:

Raquel Alão disse...

O amor não se purga. Vive-se e suporta-se. Ainda que nos apeteça "descascarmo-nos" dele por completo, tal não nos é permitido. Não somos donos do amor, é ele que é dono de nós... Foi lei deliberada aquando da criação do próprio mundo...



As gatas são um amor independente, não? ;-)