digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, março 17, 2008

Conversas difíceis

Um dia ainda hei-de escrever sobre a casa da loucura. Se tivesse coragem contava-te só a ti. Se tivesses paciência e querer para me ouvir.
Passaram-se muitas noites, mas aquelas que ainda vivem são tuas ou de negro. Quando não és tu, é a tua ausência.
Quando não me assombras sou eu que te peso. Muitas noites ainda dormimos juntos, em camas separadas ou possuimo-nos em sonhos penosos, doridos de despedida.
Um dia ainda hei-de escrever sobre todas as loucuras da casa e espero ouvir-te contar as dores que te dei. Um dia talvez haja um dia normal.

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