O passado está pousado numa cama por fazer. Lá ficaram marcados os corpos, esquecidos de todos os dias que se seguiram. Até suas sombras e suores estão fechadas no quarto nunca mais aberto, assim os beijos nas memórias.
As estradas têm os mesmos destinos e o Sol voltou ao lugar de antes, ao sítio do reencontro das duas vidas separadas há umas vidas. O Sol voltou ao lugar, mas não nós ou as esperanças.
Morrerei se voltar a dizer o teu nome ou a ti dirigir palavras doces. Não partirei cedo ou viverei eternamente, tal é o dissabor.
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2 comentários:
Que lindo, este texto, João...
"O passado está pousado numa cama por fazer"... tão lindo! Triste, mas lindo.
Beijinhos
:-) obrigado
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