Os Cristãos não se entendem quanto à alma: pre-existente ao nascimento, existente com o nascimento, falecente com a morte, eterna e imortal. Os homens não se entendem quanto à natureza do homem: só corpo, só alma, corpo e alma.
E quanto à arte: é matéria ou é espírito ou é matéria e espírito? Ainda e sempre, a mesma pergunta mantém-se: O que é a arte?
Com tanta semelhança na permanência das dúvidas e teima na litigância, quererá isto dizer que a arte é humana ou que é divina? Um reflexo.
2 comentários:
pouco importaria se os homens não se entendessem, se daí não adviessam guerras e querelas... se daí não adviesse o orgulho e a soberda das verdades proclamadas...
porque os homens não precisam entender-se quanto a isso... o espírito não é coisa para entender... porque o entendimento é o caminho para as coisas cogniscíveis... o espírito reside no domínio dos mistérios e do incógniscível... não pode ser ENTENDIDO como se de um FACTO/objecto se tratasse....
é fé... é percepção, intuição... e por isso dispensa entendimento... basta o sentir... basta mergulhar no oceâno das coisas invisíveis e deixar, permitir tocar-lhes com os dedos da alma.
quanto tempo se gasta (gastamos) a tentar entender ou explicar aquilo que só pode ser entendido com as ferramentas da alma, do coração... do espírito.
não importa que não nos entendamos, desde que não nos desentendamos!
quanto à arte - a arte é inútil, e por isso, porque não serve para nada, se presta a dar tanto!
beijoca!
dia muito feliz!
Para lançar um pouco de lenha...temos aqui não só um belo exemplar de uma peça de arte (acho o quadro fantástico e um belíssimo exemplar do enquadramento da arquitectura no contexto bíblico! Típico de um renascimento assumidamente católico ou reformista-católico?) que é uma anunciaçãoe o mais engraçado é que ilustra o encontro entre um mensageiro divino e um ser humano. Então porque é que o pintor dá a mesma proporção e a mesma pose de mãos a ambas as personagens? Porquê a busca de igualar num mesmo plano? Procurava-se divinizar a humana que iria parir um filho de um deus senhor único ou humanizar o mensageiro divino?
Eu não sei mas são coisas em que penso e quando falas nestas dualidades...olha, lembrei-me!
bjocas
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