digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, junho 03, 2007

Junho

Não sei se o céu de Junho é como o de antigamente. Os meus olhos estão diferentes, disso tenho a certeza. O coração não se comove, está guardado em Edimburgo, e a cabeça fundiu-se e parou. Não sei se o céu de Junho é como o de antigamente ou se apenas o vejo e sinto diferente.
A noite de Santo António só podia acontecer em Junho. Não por causa do santo, mas por causa da loucura. O mesmo para a do São João. As noites de Junho são especiais como a luz das tardes de Maio.
Junho é contentamento e lembrança. Deve ser por saudades que as pessoas se matam mais no princípio do Verão. Não compreendo, porque há uma brisa capaz de levar toda a tristeza e trazer do mar as fantasias de sal e espuma.
As noites de Junho são um burburinho ao longe e o passado é um rumor de revolução ouvido ao longe, que entontece. É por isso que se deve olhar o céu à noite em Junho. É tempo para estar à janela ou sair em camisa. O ano começa em Junho.
A felicidade é a memória dum Verão distante. O eco da música do transistor e os salpicos entre gargalhadas. O meu contentamento é feito de muitos anos compactados num só, um só Junho nas areias do Estoril. O ano começa em Junho.

2 comentários:

moonlover disse...

O céu de junho é como antigamente
daí as memórias boas do passado,

mas tambem os olhos já não olham da mesma forma,
outros interesses!.

Este ano começa bem ;)

Anónimo disse...

Gostei mt deste teu texto...n xabia k as pexoas xe matam mais no prinxipio do Verão...? é mxm?... estranho pq é a época em k apetexe mais viver, deve xer da luz e do sol, há gente k n xuporta mt luminoxidade e alimenta-xe mais das sombras.´

Escreves bem...abraxos